Monday, December 20, 2010

Coração Absurdo

O meu coração é um absurdo
Bate forte bate fraco
Bate surdo mudo
Bate por nada bate em vão
Bate por tudo
Bate pouco bate muito
Bate por ti sobre tudo

My heart beat strong
Beat ping pong
Beat beat beat weak
Beat deaf and dumb
Beat for nothing beat alone
Beat and jump
Beat little beat more
In the middle of this dump

Mein Herz schlägt
Stark schlägt tun tun tun
Fein takt takt takt
Hat einen Grund
Schlägt für dich
Schlägt für sich
Sein klang ist dumpf dumpf
Macht takt takt takt
In der mitte von der Sumpf

(Itamar Assumpcao)

Wednesday, December 1, 2010

Hipocrisia do Silêncio

Esquecer, deixar, perdoar

Eu queria esquecer
Eu queria perdoar
A hipocrisia do silêncio me corrói

Como pedir por perdão se nada foi feito?

O silêncio é agudo demais
Insuportavelmente agudo

A verdade está escondida nos livros?
É tudo o reflexo de mim mesma?
Esconde minha sombra segredos da minha infância?
Sou ainda aquela pequena menina que sofria por falta de atenção?
Luto por um espaço que nunca tive?
Sinto tanto ódio por não querer ceder mais espaço ao outro, do que eu penso ser permitido?

Por sempre ter menos do que eu precisava...
E o pouco que tinha me foi tirado, continuamente.

Eu quis gritar e não consegui...
Eu gritei
E continuo gritando

Mas estou sozinha e grito sozinha.

Ainda acredito que é necessário merecer o espaço
E me recuso a sentir pena ou a oferecer espaço a hipócritas

(tradução do texto "Vergessen, Vergehen, Verzeihen", publicado em 1 de agosto)

Friday, November 5, 2010

STUFEN

Wie jede Blüte welkt
und jede Jugend dem Alter weicht,
blüht jede Lebensstufe,
blüht jede Weisheit auch und jede Tugend
zu ihrer Zeit und darf nicht ewig dauern.
Es muss das Herz bei jedem Lebensrufe
bereit zum Abschied sein und Neubeginne,
um sich in Tapferkeit und ohne Trauern
in and're, neue Bindungen zu geben.
Und jedem Anfang wohnt ein Zauber inne,
der uns beschützt und der uns hilft zu leben.
Wir sollen heiter Raum um Raum durchschreiten,
an keinem wie an einer Heimat hängen,
der Weltgeist will nicht fesseln uns und engen,
er will uns Stuf' um Stufe heben, weiten!
Kaum sind wir heimisch einem Lebenskreise
und traulich eingewohnt,
so droht Erschlaffen!
Nur wer bereit zu Aufbruch ist und Reise,
mag lähmender Gewöhnung sich entraffen.
Es wird vielleicht auch noch die Todesstunde
uns neuen Räumen jung entgegen senden:
des Lebens Ruf an uns wird niemals enden.
Wohlan denn, Herz, nimm Abschied und gesunde!

(Hermann Hesse)

Sunday, October 17, 2010

Back to the opposite

I did not know how much
I would miss my dream castle
I miss the dolls
I miss the windows
I miss me

I was real in my dream world
I had dreams about my real life

Now I am here
Everything is real but me
I am just a puzzle piece in someone’s life

I am still dreaming about my life
I am still living my dream life

I miss me

Pulso

Sinto meu sangue fluindo por vasos
Sinto o calor crescendo

Sou o rio que percorre em mim
Sou percorrida por meu líquido gritante

Há correntes de ar
Não sinto equilíbrio
Somente vento em todas direções

A gravidade me arrasta
O ruído me cega
Não encontro a voz

Do meu silêncio

Monday, October 4, 2010

Tuesday, September 21, 2010

Sonhei

Sonhei que estava dentro do seu sonho
E não podia me expressar
Meu sonho era tão tímido e confuso
Mal consigo recordar
Seu sonho sim causava sensação
Brilhante como poucos sonhos são
Seu sonho tinha tudo resolvido
Tudo fazia sentido
Mesmo sem interpretação
Meu sonho estava ali tão deslocado
Um simples conteúdo sublimado
Se ao menos pra livrar-me desse estado
Alguém tivesse me acordado
Mas tive a sensação que foram horas
Foram dias foram meses
Em que tive o privilégio
De estar sempre ao seu lado
É claro que seria bem melhor
Se você tivesse reparado
Mas nada no meu sonho
Abalava o seu ar imperial
Meu sonho estava dentro do seu sonho
Que era o sonho principal
Sonhei que nem mesmo dentro do seu sonho
Haveria solução
Sonhei que achei um meio infalível
De chamar sua atenção
Sonhei que não havia mais ninguém
Você iria então olhar pra quem?
Sonhei que estando ali tão disponível
Sendo o único possível tudo acabaria bem
Sonhei que você veio pro meu lado
Meu coração bateu descompassado
Sonhei que seu olhar no meu olhar
Já estava um pouco desfocado
Sonhei que pressenti alguma coisa
Que corri ao seu encontro
Que por mais que eu corresse
Chegaria atrasado
Sonhei que nosso encontro foi etéreo
Você tinha evaporado
Mas tenho que dizer
Sonhei o sonho que sempre sonhara sonhar
Você, sentindo a força do meu sonho
Fez de tudo pra acordar

(Sonhei, de Luiz Tatit, O Meio, 2000)

Tuesday, August 24, 2010

















ich spiele die musik ab
alle sind fremd
die musik ist fremd

mein universum auf dem tisch
offen für alle
ich weiß nicht, wer sie sind

ich kenne, was sie kennen
ich weiß, was sie wollen
sie wollen, was sie kennen

ich will, dass sie sich öffnen
ich will, dass sie zuhören
ich will wieder fliegen können

ohne kontext ist alles nur fremd
ich bin mir fremd
in meinem bekannten universum

Friday, August 13, 2010

Lebensfeuer

Das Feuer brennt.
Gut, dass ich jetzt weiß, wie man Feuer macht.
Gut, dass ich so viel gelernt habe. Neue Fähigkeiten, neue Erfahrungen…
Unsichtbare Koffer habe ich mitgebracht.
Meine Koffer bestehen aus vielen kleinen Dingen, ich kenne ihre Inhalte nicht vollständig.
Jeden Tag entdecke ich neue Sachen, ich liebe sie.
Das Feuer brennt. Die Natur ist hier so kräftig, so lebendig und präsent.
Das Chaos ist auch sehr stark, aber angenehm.
Die Ordnung ist mir so zynisch und unecht.
Es ist sehr schön und natürlich viel unkomplizierter ohne Chaos zu leben, aber nicht echt.
Die Mischung zwischen zwei verschiedenen Welten ist unheimlich wertvoll und diese Fusion berührt meine Seele. Meine Seele brennt.
Egal was noch kommt, egal was passiert, diese Eindrücke sind das kostbarste, was ich jemals erlebt habe.
Ich bereue nichts.
Die Vibration der Seele, die Flamme.
Ich liebe es, das Leben.

Monday, August 2, 2010

Ventos Internos

Cada pequeno objeto, cada pequena pedrinha na paisagem tem uma correspondência interna em nós na forma de energias que percorrem nosso corpo e nervos. A isto chamamos ventos internos. Nosso apego não é às coisas, mas aos ventos internos que elas provocam. Os ventos internos são a experiência íntima dos objetos e também dos seres. Esta dependência e apego são a base de duka. Duka: Na visão budista existe uma única palavra para esses dois conceitos, eles não podem ser separados. Em nossas línguas acontece o contrário, estes conceitos estão separados e não podem ser unificados em um único termo. Seria algo como alegria e sofrimento inseparáveis.

(texto de Introducao ao Budismo http://www.sintoniasaintgermain.com.br/introducao_budisno.html )

Sunday, July 11, 2010

[18:55:05] Lua: ich muss mich nicht anpassen
[18:55:08] Lua: aufpassen
[18:55:11] Lua: etc..
[18:55:22] Lua: fliegen.. einfach fliegen..
[18:55:37] Lua: ich fliege gerne
[18:55:57] Lua: mit dir
aschäu

Tuesday, July 6, 2010

Hälfte


Dass die Kraft meiner Angst
mich davon nicht abhalte, das zu sehen, wonach ich strebe

Dass der Tod von allem, woran ich glaube,
Mir nicht Ohren und Mund verschließt
Denn eine Hälfte von mir ist mein Schrei
aber die andere Hälfte ist Stille

Dass die Musik, die ich aus der Ferne höre schön sei, selbst wenn sie traurig ist

Und dass die Person, die ich liebe, immer geliebt wird
selbst wenn sie fern ist
Denn eine Hälfte von mir ist Abschied
aber die andere Hälfte ist Sehnsucht

Dass meine Worte nicht gehört werden wie ein Gebet
oder ständig wiederholt
sondern einfach respektiert
Als das letzte, was ein von Gefühlen überschwemmter Mensch besitzt
Denn eine Hälfte von mir ist das, was ich höre,
die andere Hälfte ist Schweigen

Dass sich mein Wunsch zu gehen,
sich in meine verdiente, innere Ruhe und Frieden entwickelt
dass der Hass, der mich auffrisst
eines Tages belohnt wird

Denn eine Hälfte von mir ist das, was ich denke,
die andere Hälfte ist ein Vulkan

Dass die Angst einsam zu sein, sich von mir entfernt und
dass das Umgehen mit mir angenehm wird

Dass der Spiegel mir ein leichtes Lächeln wiedergibt,
das ich mich erinnere als Kind gehabt zu haben
Denn eine Hälfte von mir ist die Erinnerung an wer ich war,
die andere Hälfte ist mir ein Rätsel

Dass nicht mehr als eine kleine Freude notwendig sei
um meinen Geist zu befriedigen
und dass deine Stille mir immer mehr sage
Denn eine Hälfte von mir ist Zuflucht,
die andere Hälfte ist Erschöpfung

Dass die Kunst uns eine Antwort gebe
Selbst wenn sie unklar ist
und dass keiner versuche, sie zu verkomplizieren
(Leichtigkeit ist notwendig, damit Kunst erblüht!!)
Denn eine Hälfte von mir ist Zuschauer
die andere Hälfte ist ein Gedicht

Und dass mein Wahnsinn vergeben wird
Denn eine Hälfte von mir ist Liebe
und die andere Hälfte auch

<übersetzt und verändert vom Text "Metade" von Oswaldo Montenegro>

Tuesday, April 13, 2010

Sem Vento

Odeio branco, não agüento fundos brancos, nem paredes, nem roupas. Também não agüento tempos sem vento. Na verdade não conheço bem tempos sem ventos, mas às vezes vem uma calmaria branca aguda que me deixa desorientada.

Sonho sempre com tempos sem ventos, eu com um vestido branco, caminhando sem destino, sem tempo, sem contexto.

A verdade é que isso não funciona. Sempre que vem essa calmaria e eu posso direcionar meus ventos internos não sei aonde ir. Um pássaro nunca voa por muito tempo sem destino.

Lutei durante alguns anos contra uma fase roxa. Ela veio calma e tomou conta de tudo. Depois me vi aprisionada nos seus tons e tentei me libertar. Meu objetivo é sempre alcançar o verde, objetivo que nunca alcanço porque o azul sempre me contagia antes que isso aconteça.

Sou azul por natureza, talvez por causa do céu, que me dá a sensação de poder escolher os destinos. Mas sem vento meu azul se torna roxo.

Voei, voei entre zonas e bairros de São Paulo, voei entre sonhos e pesadelos. Senti a adrenalina, senti minha agressividade mudando de faixas, era eu parte do todo. As motos passando como moscas, zumbindo ao passar, buscando frestas em uma cidade já sem espaços, cumprindo sua função orgânica de sobrevivência. Demarcando o nascimento de uma nova espécie urbana.

E o vento. O vento de São Paulo é violento. A cidade é mais violenta que sua criminalidade, que seus pecados originais. Estar em São Paulo é sentir violência entrando por todos os poros, tomando conta dos pensamentos e movimentos.

Voltei. Durante todo o tempo em São Paulo me senti estranhamente em casa, como não me sentia há pelo menos 7 anos. Mas nos últimos dias me lembrei da vida pacata da Europa, ordenada, silenciosa... e ao me lembrar disso, desejei estar de volta.

Voltei. Tudo estava como esperado. O velho cheiro de Europa, as poucas pessoas nas ruas, os poucos sons de carros. Minha casa, eu, meus sonhos inacabados, mal começados.

Não há vento. Em mim sim. Sinto um vulcão em erupção, mas sem abertura.

Sem vento.

Monday, April 12, 2010

The other side of the moon

Now I am back
After everything happened
I saw a reality
I saw myself
The other side of the moon


Now I am back
I see my “real” life
But I just see a dream castle
Nothing seems to be real
I live in a sand castle

I look through the window
And I see dolls walking from nowhere to nowhere

I look at the mirror
I am in the other side

Trying to feel this water
Waiting for the waves
Take me back
To my real life

Wednesday, April 7, 2010

Roda da Vida FDP (ou Amor ao Próximo...)

Sei que é e que nao deveria ser
Sei que é bom
Sei que finalmente há uma chance de mudancas

Sei que é bom para o outro
E para nós também a longo prazo

Há uma rosa a brotar
Só temos que rega-la

As outras rosas do jardim vao perder um pouco de água
Por algum tempo

Mas quando a terceira rosa comecar a brotar
Esse jardim da vida estará mais forte

E as outras rosas vao conhecer o mais lindo perfume
Da vida

Monday, February 22, 2010

Tuesday, February 16, 2010

Blind (ou Amor Próprio...)

te culpo
e me desculpo

nao sou vítima
mais

te culpo por nao ver
e me desculpo por ver

já nao sou vítima
es tu

nao posso fechar os olhos
nunca mais

por isso te mostro a janela
se voce nao ver

cai

Wednesday, January 20, 2010

Sem Vento

..
queria abrir a janela

queria voltar a me sentir forte
me olhar no espelho e ver
as infinitas possibilidades do meu ser

queria me lembrar da magia
humana
do expandir eterno da alma

queria me lembrar de que só
paredes imaginarias me limitam

e que os caminhos se abrem
na mesma proporcao dos passos

queria saltar mais uma vez
e desta vez nao seria um salto físico

mas um transcender dos próprios limites

sentir o infinito da areia sob meus pés
me libertar de pensamentos aprisionantes

descobrir novos caminhos
redescobrir a jornada

me sinto pequena

na verdade me lembro sim de tudo isso
mas já nao sinto a forca

nao sinto nada além
do constante latejar de uma chama
apagada

Saturday, January 16, 2010


"Die wahre Entdeckungsreise besteht nicht darin, dass man neue Landschaften sucht, sondern dass man mit neuen Augen sieht" (Marcel Proust)

"A verdadeira viagem não consiste em sair em busca por novas terras, mas em ver com outros olhos" (Marcel Proust)