Um espaço virtual para os pensamentos que não têm lugar próprio, nem identidade própria, mas que reverberam diariamente no espaço interno da minha existência.
Monday, December 1, 2008
Wednesday, November 26, 2008
Metade
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que o homem que eu amo seja pra sempre amado
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
Mas a outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é a platéia
A outra metade é a canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
(Oswaldo Montenegro)
Friday, November 7, 2008
In einer Welt
In einer Welt mit
dummen Menschen
Konflikten
Kälte
Kriegen
Krankheiten
Missverständnissen
Einbahnwegen
Politikern
Machtkämpfen
Süchten schlechtem Sex
Fastfood
Pappbechern
Plastiklöffeln
Konservierungsstoff Geschmacksverstärker Süßmittel Geschmacklosigkeit Wut
Hass
Krebs grauem Winter
Eifersucht
Neid
Konkurrenz
Kapitalismus
Armut radioaktivem Abfall
In der die Menschen leider vergessen haben dass die Erde nicht einmal ein Sandkorn im Universum bedeutet und denken dass sie Menschen sind während sie noch keine geworden sind…
Aber auch in einer Welt mit unendlichen Möglichkeiten körperlichen Ausdrücken
Kunst
Magie
Träumen Erdbeeren traumhaften Stränden
Kokospalmen
Regenbogen
Musik
Wasser
Sternenhimmel
ist es mir eine kosmische Freude Dir begegnet zu sein.
Monday, October 20, 2008
Tuesday, October 14, 2008
Força
hoje fui mais uma vez no curso de tecido. eu faco aula nas sextas feiras com a gabi (de sao paulo), mas existe um outro curso nas tercas. eu fui pela primeira vez nesse segundo curso a semana passada pq nao ia ter a aula da sexta e hoje resolvi ir de novo e me inscrevi p o mes todo.
sinto cada vez mais que tenho mais forca, que consigo fazer mais coisas. hoje foi a 1 vez que consegui subir com a bunda p cima. quase todos os movimentos se faz apartir do subi´r com a bunda p cima, por cima da cabeca.
Sao duas horas de curso, horas em que eu me jogo no chao depois de ter subido no tecido por nao ter mais forcas, onde sinto todo o meu corpo respirando fundo e despertando de uma hibernacao longuissima. Sinto meus musculos gritando, me dizendo que eu estou louquinha, mas depois de alguns minutos deitada morta caida no chao, vem uma energia incrivel que me leva a fazer movimentos com uma facilidade incrivel.
Depois que eu saio do curso sinto minha cabeca leve, o corpo pesado, cansado, feliz. Sinto uma fome de pedreiro e vontade de gritar e dancar pelas ruas. Atravesso a ponte tao bonita a caminho de casa e mais uma vez contemplo a vida e como é bom seguir sonhos e fazer coisas que se quer. Vejo o quanto é absurdo a gente passar tanto tempo cultivando em sonhos, sonhos que podem ser muito reais e sonhos que transformam completamente a realidade por ser a realizacao de um desejo. Realizar para estar realizado.
Me sinto forte, por fora e por dentro. E é um sentimento maravilhoso esse, de liberdade, de se conhecer, de se superar e amar a transformacao, amar o passar dos dias por poder viver semanalmente a vida, sem esperar tanto para ser feliz, ser feliz durante a semana e nao no fim dela.
Monday, October 6, 2008
cansada
Wednesday, October 1, 2008
Movimento
Fora escuto o vendaval
Tudo gira pelo ar
O vento sopra o desejo de mudança
Que não pede licença
Dentro observo o movimento
A raiva contra as forças frias da natureza
E a alegria de sentir a transformação
Sinto a pele arrepiada
Os lábios secos
A mente consciente do triste
O fim dessa briga entre os deuses
Dessa guerra
onde o mais quente sempre perde
...
Fora escuto o vendaval
Dentro observo o movimento
Tudo gira pelo ar
Os lábios secos
O vento sopra o desejo de mudança
Sinto a pele arrepiada
E a alegria de sentir a transformação
A mente sofre
O corpo arrepia
Mas se delicia em sentir
O movimento
Saturday, September 13, 2008
Salto no mar
- dizer o que?
- sei la, qualquer coisa
- mas tem tanta coisa...
- entao é mais fácil ainda comecar, é só escolher um dos temas.
- fácil o caramba, teria que ser um comeco in medias res, assim um salto no meio do mar.
- sim, ta otimo, que seja, já é um bom comeco.
- (olhar de quem ainda nao está convencido)
...
Bom entao ta. Os esquisofrenicos que se entendam, eu nao tenho nada a ver com isso.
Salto I (na profundeza):
Um salto no mar, um mergulho nas profundezas, sentindo a agua que comeca a esfriar com o chegar das correntes frias do norte.
Tudo mudou. O antes, o agora, o depois.
Acho que essa história de poupar os velhos pq tem noticias que eles nao aguentam é a maior besteira, quanto mais se vive, menos nos espantamos com os absurdos dessa vida.
Salto II (a superficie):
a vida está boa, vivendo com Erika, muitos amigos importantes, pessoas fortes, trabalho bom, ex-marido chato, faculdade terminando e as primeiras perguntas comecam, o que fazer depois?
Salto I, pt 2: O Dia do Coringa: "se alguém quer se encontrar deveria ficar parado onde está e tentar achar a resposta neste lugar, sair para fora em busca de si mesmo traz o risco de se perder para sempre."
- tarde de mais, é dificil demais ficar parado. E agora José?
Salto II, pt 2: circo, tecidos, danca, tango, linguas, horizontes, viagens, estar acordado, desperto. Vibracao interna, tempestades externas, e ventos em todas as direcoes. Coisas muito boas e coisas muito ruins. Clareza e dúvida.....é bom, tudo é bom, é bom estar desperto, é bom sentir...
(mergulho)
blup blup blup
- sei la, qualquer coisa
- mas tem tanta coisa...
- entao é mais fácil ainda comecar, é só escolher um dos temas.
- fácil o caramba, teria que ser um comeco in medias res, assim um salto no meio do mar.
- sim, ta otimo, que seja, já é um bom comeco.
- (olhar de quem ainda nao está convencido)
...
Bom entao ta. Os esquisofrenicos que se entendam, eu nao tenho nada a ver com isso.
Salto I (na profundeza):
Um salto no mar, um mergulho nas profundezas, sentindo a agua que comeca a esfriar com o chegar das correntes frias do norte.
Tudo mudou. O antes, o agora, o depois.
Acho que essa história de poupar os velhos pq tem noticias que eles nao aguentam é a maior besteira, quanto mais se vive, menos nos espantamos com os absurdos dessa vida.
Salto II (a superficie):
a vida está boa, vivendo com Erika, muitos amigos importantes, pessoas fortes, trabalho bom, ex-marido chato, faculdade terminando e as primeiras perguntas comecam, o que fazer depois?
Salto I, pt 2: O Dia do Coringa: "se alguém quer se encontrar deveria ficar parado onde está e tentar achar a resposta neste lugar, sair para fora em busca de si mesmo traz o risco de se perder para sempre."
- tarde de mais, é dificil demais ficar parado. E agora José?
Salto II, pt 2: circo, tecidos, danca, tango, linguas, horizontes, viagens, estar acordado, desperto. Vibracao interna, tempestades externas, e ventos em todas as direcoes. Coisas muito boas e coisas muito ruins. Clareza e dúvida.....é bom, tudo é bom, é bom estar desperto, é bom sentir...
(mergulho)
blup blup blup
Thursday, September 4, 2008
Lichtfenster in der Finsternis / janelas de luz nas trevas
Tuesday, September 2, 2008
Klarheit
Ich wache auf.Noch kann ich mich nicht erinnern, wovon ich geträumt habe.Ich erinnere mich daran, wie ich ins Bett ging, meinen Laptop zuklappte und die Vorhänge zuzog.Ich weiß nicht mehr, was meine letzten Gedanken waren. Das könnte erklären, was ich geträumt habe. Jetzt bin ich schon einigermaßen wach und überlege, welche von den Aufgaben ich zuerst erledigen werde.Die roten Wände müssen weiß werden. Ich möchte alles weiß streichen, damit ich alle anderen Farben wieder empfinden kann. Ich schwimme seit einer Weile in einem farbigen Meer und möchte wieder atmen können.Ok, das heißt, heute wird alles weiß!Aber davor möchte ich wirklich verstehen, was das ist, was mich beschäftigt, seit ich aufgestanden bin und vor allem möchte ich wissen, wovon ich geträumt habe.Ich lege die Tarotkarten. Was könnte ich fragen? Was will ich wissen? Können die Karten mir beantworten, was ich selbst nicht zu fragen weiß? Ja, vielleicht geben mir weiße Wände mehr Klarheit und erst dann kann ich verstehen, was ich mich fragen will.Die Fülle ist meine Karte. Ja, das passt. Warum passt das immer? Passt das überhaupt?Ich fühle das volle Meer, in dem ich untergetaucht bin und die unbeschreibliche Fülle.Den eigenen Weg finden…Die Fenster meiner Blase öffnen, durchatmen, aus ihr heraustreten und sie platzen lassen.Ja, das ist es.Die weiße Klarheit...
Branco
E surgiu um branco
Ela ainda não sabia como defini-lo
Não sabia se estava sentindo uma calma ou uma fúria interna
Ela sabia que aquela cor estava lhe fazendo bem
Mas a mudança provocava uma inquietude
Uma necessidade de definir aquela sensação tão nova
O branco a lembrava da infância, uma infância branca
As vezes, muito bela, as vezes aprisionante
Essa brancura voltava agora
Ela sentia falta de casa
Mas gostava também da vida colorida que ela havia criado
Na verdade, ela odiava o branco e também odiava sua infância
Mas desde que havia saído e havia mergulhado
nesse mundo colorido, ela sentia falta do branco
Do branco que não tem significado, mas que era a referencia de tudo aquilo que vivera até então.
Ela pensa em tudo o que poderia fazer, poderia sair de casa, tomar um sorvete, alugar um filme
Ou poderia pendurar um pano colorido em alguma das paredes brancas, poderia pintar uma flor colorida no canto quieto e branco da parede ao lado da janela
Ou então, ela poderia ficar lá, observando as formas retas, o branco que a confrontava, a atordoava e a acalmava
Ela ainda não sabia como defini-lo
Não sabia se estava sentindo uma calma ou uma fúria interna
Ela sabia que aquela cor estava lhe fazendo bem
Mas a mudança provocava uma inquietude
Uma necessidade de definir aquela sensação tão nova
O branco a lembrava da infância, uma infância branca
As vezes, muito bela, as vezes aprisionante
Essa brancura voltava agora
Ela sentia falta de casa
Mas gostava também da vida colorida que ela havia criado
Na verdade, ela odiava o branco e também odiava sua infância
Mas desde que havia saído e havia mergulhado
nesse mundo colorido, ela sentia falta do branco
Do branco que não tem significado, mas que era a referencia de tudo aquilo que vivera até então.
Ela pensa em tudo o que poderia fazer, poderia sair de casa, tomar um sorvete, alugar um filme
Ou poderia pendurar um pano colorido em alguma das paredes brancas, poderia pintar uma flor colorida no canto quieto e branco da parede ao lado da janela
Ou então, ela poderia ficar lá, observando as formas retas, o branco que a confrontava, a atordoava e a acalmava
Wednesday, August 6, 2008
Als Ob
So tun als ob….
Nein ich bin nicht müde,
nee, ich fühle mich nur so, weil ich gerade aufgestanden bin…
Ja, genau, ich sitze auf diesem Sofa, weil es mir langweilig ist, ich habe überhaupt nichts zu tun und deshalb stelle ich mir vor, dass ich bald eine mündliche Prüfung habe und würde mich dafür vorbereiten müssen. In Wahrheit weiß ich nicht, was ich mit so viel Kraft tun soll. Die Sonne scheint und es ist schön warm aber ich will nichts unternehmen, ich will auch nicht schlafen, ich bin ausgeschlafen.
Ein bisschen aussichtslos, deshalb suche ich einige Flöhe, damit ich mich kratzen kann….
Nein ich bin nicht müde,
nee, ich fühle mich nur so, weil ich gerade aufgestanden bin…
Ja, genau, ich sitze auf diesem Sofa, weil es mir langweilig ist, ich habe überhaupt nichts zu tun und deshalb stelle ich mir vor, dass ich bald eine mündliche Prüfung habe und würde mich dafür vorbereiten müssen. In Wahrheit weiß ich nicht, was ich mit so viel Kraft tun soll. Die Sonne scheint und es ist schön warm aber ich will nichts unternehmen, ich will auch nicht schlafen, ich bin ausgeschlafen.
Ein bisschen aussichtslos, deshalb suche ich einige Flöhe, damit ich mich kratzen kann….
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